COVID-19: nossas propostas e opinião sobre o enfrentamento

Olá meus amigos e minhas amigas, população santa-cruzense!

 

Quem me conhece, seja da vida privada ou da vida pública, tem uma convicção: agradando a uns, desagradando outros poucos, nunca fui omisso. Algumas vezes erro e na maioria acerto, acredito. Assim agi frente à Secretaria de transportes e serviços públicos, assumindo desafios que poucos enfrentaram, mas conseguindo dar uma nova cara para a nossa cidade, dentro das minhas atribuições. Na Câmara, nos momentos mais delicados, tive posição clara, sofrendo sacrifícios de ordem pessoal, mas nunca me escondendo dos meus compromissos assumidos e responsabilidades como pessoa pública.

 

Em relação ao momento que estamos vivenciando, algo inédito para a absoluta maioria, ainda temos todos muitas dúvidas, mas outras tantas certezas. Comigo não é diferente. E o senso comum, em regra, é o indicativo do melhor caminho.

 

Digo isto para expressar que tenho a opinião de que uma proposta moderada, nesse embate entre quarentena e reabertura dos negócios, seria o ideal neste momento, e explico.

 

Me refiro, na minha linha de pensamento, à população ordeira e trabalhadora que trouxe o Rio Grande do Sul e o nosso município, Santa Cruz do Sul, até aqui, fazendo do nosso Estado um dos mais prósperos do País e de Santa Cruz um ponto absolutamente fora da curva quando pensamos em prosperidade e qualidade de vida – ainda que tenhamos muitos problemas a serem resolvidos.

 

Se estamos num cenário de destaque, temos que agradecer a cada pessoa, de hoje e de ontem, que não mediram esforços, que sacrificaram seu tempo, outros sonhos e suas vidas para alavancarem a prosperidade de seus filhos, familiares, colaboradores e, em última análise, da nossa comunidade.

 

Sabemos que o poder público nunca foi o melhor parceiro, especialmente no Brasil, dos cidadãos e dos empreendedores, recebendo baldes do suor de cada um e devolvendo apenas gotas de esperança. Mas, ainda assim, prosperamos, graças ao arrojo de cada pessoa que, frente a cada crise econômica, sufocados por uma carga tributária acachapante, ergueu a cabeça, arremangou as mangas e se pôs a trabalhar.

 

O contexto do que estamos vivendo exige olhar apurado, tratamento individualizado, atenção aos detalhes, características e individualidades.

 

Nossos municípios, Rio Grande e Brasil a fora, têm realidades  distintas, muitas vezes com distanciamento entre si, pequenas e baixa aglomeração populacional.

 

De outro lado, a diversidade de empreendimentos tem características muito  diferentes, pois não podemos comparar uma serralheria com um restaurante, um comércio de vestuário com uma barbearia, um centro de distribuição de um  gênero qualquer com uma prestação de serviços.

 

Por isso, é dever do gestor público trabalhar, se debruçar, de forma individualizada, sobre cada gênero de negócio, em suas características, observado quais são viáveis de funcionar, seguindo padrões seguros para a saúde. Isso demanda trabalho, empenho, afinco.

 

Criar uma regra geral, niveladora, é um ato pouco atencioso às diferenças de cada empreendimento. Oportunizar que a indústria, tão essencial aos trabalhadores e aos próprios cofres públicos, funcione de modo restrito, é ter esse cuidado – e por que não o comércio e os serviços?

 

Elaborar um plano minucioso para cada tipo de negócio é o que penso ser necessário no momento, pois no meu entender pensar a saúde não é apenas pensar em covid-19.

 

Uma massa empreendedora e trabalhadora sem ocupação, também adoece; também morre, um pouco a cada dia. Mais do que isso, faz com que o futuro adoeça, definhe!

 

Não se está aqui a negar o evidente e notório risco do novo coronavírus, pois temos que ter a inteligência e capacidade de aprender com as experiências dos outros, sem que precisemos passar pelos mesmos problemas – mas a nossa realidade também é diferente das dos outros.

 

Não necessariamente a fórmula correta para qualquer outro país é necessariamente a mesma a ser aplicada aqui, pois se cada “paciente” tem uma característica e peculiaridade, nem sempre o mesmo medicamento ou dose é recomendado para todos, de modo igual – e nem sempre os efeitos colaterais serão os mesmos em cada um desses pacientes.

 

Uma certeza que tenho é que, de qualquer modo, em qualquer cenário, o principal fator para superarmos da melhor forma essa cruzada contra a pandemia será a cautela da população, os cuidados com nossos pais, avós, filhos, enfermos e com nós mesmos.

 

De nada adiantará os governos terem um olhar aguçado, individualizado, frente a cada realidade local, cada negócio, se a população baixar a guarda e achar que nada vai acontecer.

 

Uma nova forma de produção se faz necessária, uma nova forma de prestação de serviços deve ser posta em prática, um novo meio de comércio deve ser implementado. E como fazer tudo isso? Essa é uma responsabilidade técnica de cada governo, de cada secretaria, de cada gestor: colocar as pessoas responsáveis, conhecedoras do que estamos tratando, no local certo, dialogando com cada setor a ser regulamentado.

 

Faço um apelo aos gestores públicos, especialmente GOVERNADOR e PREFEITO, e à POPULAÇÃO: o caminho do meio sempre foi o mais seguro, mas o mais trabalhoso. Transitar pelos extremos sempre foi mais confortável, mas ao mesmo tempo muito mais arriscado.

 

Friso que a minha maior preocupação é com a saúde das pessoas, pois julgo que qualquer retomada dos negócios em geral deva ter todas as cautelas possíveis, de higienização, distanciamento, enfim, medidas recomendadas e razoáveis para a não disseminação do vírus.

 

E para isso, a consciência coletiva e individual, de cada um de nós, impõe isolamento, distanciamento social, apenas oportunizando que possamos fazer negócios estritamente quando necessário, preservando antes de tudo a saúde e a vida dos nossos entes e colaboradores.

 

Mas a vida e a saúde, em todos os seus aspectos, não dependem ou são reféns do novo coronavírus, exclusivamente.

 

Mantenhamos o isolamento e o distanciamento, dentro do possível, o mais que pudermos. Mas não deixemos milhares abandonados, à míngua. Vamos nos reinventar, estabelecer novas formas de trabalhar e negociar, que nos preservem e possibilitem que andemos, ainda que devagar.

 

É a minha opinião.

 

Alex Knak, 03 de abril de 2020

 

Adiante, os links de acesso às propostas que fizemos, seja no âmbito da saúde, economia, tributação, educação ou assistência social.

 

Destinação de 3,5 milhões da Câmara de Vereadores para a Prefeitura:

http://alexknak.com.br/index.php/2020/03/22/camara-contra-o-covid-19/

Concessão de até 5 milhões em financiamento para micro e pequenas empresas, microempreendedores individuais e autônomos:

http://alexknak.com.br/index.php/2020/03/30/concessao-de-credito-via-banco-do-povo/

Concessão de prazo para pagamento, parcelamento ou isenção de tributos municipais:

http://alexknak.com.br/index.php/2020/03/24/impostos-municipais-concessao-de-prazo-parcelamento-ou-isencao/

Vacinação via drive-thru para a gripe H1N1:

http://alexknak.com.br/index.php/2020/03/24/vacinacao-para-gripe-influenza-via-drive-thru/

Distribuição de merenda para as famílias dos alunos da rede pública municipal:

http://alexknak.com.br/index.php/2020/03/24/distribuicao-de-merenda-escolar-as-familias-em-vulnerabilidade/

Distribuição de conteúdo escolar, pela internet ou impresso, mediante entrega domiciliar:

http://alexknak.com.br/index.php/2020/03/24/conteudo-escolar-aos-alunos-da-rede-municipal/

 

2 respostas
  1. lindomar24891@gmail.com
    lindomar24891@gmail.com says:

    É isto aí irmão . precisamos de pessoas assim que pelo menos nós tranquilize .sem a mesma conversaiada que ninguém entende nada . vamos todos juntos com fé em Deus.e no final tudo dará certo.

    • alex
      alex says:

      Valeu tchê…que os negócios possam funcionar, mantendo a normalidade, empregos e renda das pessoas. Forte abraço.

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